segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Revi: Alpha Dog

ATENÇÃO: A resenha a seguir contém Spoilers, portanto se não viu o filme ainda, levante este traseiro fétido da cadeira e vá a uma locadora, para assistir ao filme. Se estiver com preguiça o problema é seu. Além do mais, corre um grande risco de ficar boiando com a resenha.



Certos filmes ficam na memória. E grande parte das vezes, por são muito bons, inesquecíveis,com cenas antológicas que todos lembram. Todo mundo tem os seus. Muitos citam Titanic (Arghhh), O Senhor dos Anéis, enfim. Esse não é o caso de Alpha Dog. Porém, o filme com consegue transmitir uma mensagem peculiar, rara de encontrar e que com certeza fará muita gente pensar no assunto, principalmente a galera jovem.

A primeira vez que vi Alpha Dog, me senti totalmente pasmado com o que acontece em seu final. Mais até que The Mist ou O Sexto Sentido, e olha que estes são campeões. É tão inacreditável, que só sendo real para ter algum sentido tudo aquilo. E é real. O filme é baseado numa história verdadeira ocorrida no final de 1999. Os nomes foram alterados por medidas legais, portanto o protagonista Johnny Truelove ( Vivido por Emile Hirsch de Na Natureza Selvagem) é na verdade Jesse James Hollywood que foi inclusive encontrado por agentes da Interpol aqui no Brasil, exatamente em Saquarema no Rio de Janeiro em 2005.

Dai já dá pra ter uma noção que muito da história verdadeira é distorcida. Mas e dai, o que importa é diversão, e isso o filme proporciona. É uma viagem a vida fútil e desenfreada de um grupo de jovens americanos, onde drogas, festas regadas a muita bebida e trafico são uma brincadeira sem limites. Pelas conversas do inicio do longa, já dá pra notar que são crianças crescidas, que tem tudo na mão dado pelos pais. Já vemos lá, além das drogas e bebidas alcólicas, sexo e violência. Mas não levados as últimas consequências. Lembre-se, é tudo uma brincadeira de criança. Até um sequestro vira brincadeira neste mundo, e a situação foge do controle.

O diretor e roteirista Nick Cassavetes ( do ótimo Um Ato de Coragem) comanda um show a parte. Há grandes atuações exageradas (Ben Foster) e grandes atuações discretas (Bruce Willis). E falando em atuação exagerada, Sharon Stone faz sua melhor cena desde "Cassino", coberta por uma maquiagem que a deixou irreconhecível. E Justin Timberlake mostra que não sabe só fazer músicas de gosto duvidoso.

Outra boa sacada do diretor foi enumerar as testemunhas, 38 ao final. Para quem já viu o filme, este detalhe faz toda diferença e deixa a sessão mais deliciosa ainda. E claro que o final foi menos tenso e alucinante que da primeira vez, porém deixa mais clara ainda a indignação e o quanto decisões pequenas e infames e também descabeçadas, podem ter um final trágico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário